MUITOS BEIJOS

Em uma aparente calmaria rondava eu com

meus bons pensamentos, repentinamente

como a luz que se apaga, passei a incidir

a elevação da vida que ascendi...

Tudo ocorreu como chuva de verão,

como a sucessão de casos sem explicação,

a rapidez foi de tal dimensão que senti apenas

o meu rosto sendo esbofeteado pelo vento.

Frio e feroz vento que deixou de impulsionar

minhas esperanças, que deixou de impelir

meu sentimento não se importando se meu barco

continuou existindo a deriva.

Vento ponteiro que já não traz qualquer notícia,

que não suaviza como a aragem nas tardes

de verão, que não se importa em saber

se as feridas do meu rosto cicatrizaram-se...

As estações do ano são muitas, quanto menos

se espera estaremos recebendo outros ventos,

quem sabe em outras primaveras meu rosto

deixe de ser açoitado para receber muitos beijos...

Wil
Enviado por Wil em 28/01/2014
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