Amor de Outros Tempos

Jamais sei, saberei, e emplumada conhecerei

Um amôr transitivo, indireto em cálidas dores

Um instante num gélido mar dos sentimentos

Entre os homens de face má, e olhares brutos

Mundo combalido de seres fajutos nada puros

Solitária e amôr crescente envolta nos trapos

Silenciada em coração entardecido e folheado

A mercê dos rigores da paixão das eras vagas

Num tempo das duras provas neste momento

Se impõe as inverdades na estreita correnteza

Numa reza em instantes mais antiga e valiosa

Meus amores estão nos pendores exclamados

Este vozerio inquieto ou calado dentro do ser

Sereno amorzinho numa chama nada ardente

E tu te lembras das juras acalentadas e vazias

Onde amei ôcas lembranças na indigna calma

Recordando uma sensação deserta de favores

E Sou a tua parte nessa dívida amante ousada

Indecisa na alma volúvel do sentimento inato

Muito iluminada cá estou a te alumiar o passo

Na estrada ou ao relento imersa neste oceano

De ti amando em ambos votos de cárcere Lua

Embaixo da amoreira dum jardim emprestado

Quão florescido está a relva para te desejares?

Quão obscurecido nosso transtorno comporta?

Quão amado está a certeza antiga das almas?

E quão desejo de você num apaixonado flerte?

E de quanto declaras conhecer de mim assim?

Não me deixes então apaixonada solitária...

Jurubiara Zeloso Amado e Francisco Carlos AMADO
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 28/01/2014
Código do texto: T4667700
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