Da Maresia

Pois então, rolaram as pedras

Ali, d’onde a folha vazia se entendia,

Fazendo-se abrigo, cronologia da ilusão

Surgindo assim de um sonho refletindo

De um tanto de um todo,

De muito de um tudo!

Ah, no ar aquele cheio de maresia,

De nostalgia, de retratos bem focados,

Alumiados pelo silêncio, pelo ode

Do amor de plenitude, da meiga serpentina

Caindo feito seda da geografia pitoresca!

Do pólen à flor, o estreito dos laços

Entrelaçando-se, colhendo do néctar

O mel, toda a sutileza do abraço navegante,

Do instante aquele, aquele de morar,

De guarda em saudade do beijo em mistérios!

Em veracidade tudo faz sentido,

Sentimento, argumento do vento

Vindo do oceano, do ângulo do verbo,

Do verbo amor, do verbo comungar

Em canções de êxtases, de canduras enfim’s!

27/01/2014

Porto Alegre - RS