Morrendo de Amor
(Poema decassílabo misto de sáfico e heroico)
Medito!
Pra que lhe prometer todas estrelas,
buscá-las lá no céu e lhe entregá-las,
se podemos daqui muito bem vê-las,
falar com elas e também amá-las?
Reflito!
Pra que ir ao jardim colher as flores
e enviar-lhe buquês, por mero costume,
se plantadas as flores têm mais cores,
mais vida, exuberância e mais perfume?!
Hesito!
Pra que lhe prometer o imenso mar?
Tanta aventura assim não me concedo!
Melhor é não ousar em desvendar
a sua profundeza e o seu segredo!
Admito!
Não lhe prometo, pois, nada, querida!
Prometer-lhe o universo para quê?
Dou-lhe, sim e já, toda a minha vida,
antes que eu morra de amor por você!