“O jardineiro”
A decepção é espinho, amor,
As pétalas da rosa!”A tristeza
É uma nuvem cinza, o amor, tão
Doce como vinho...
Deste cálice amargo saboreio o vinho,
Desta decepção tênue sinto a morte
Em dor o amor sozinho...
Mas que haja decepção, tristeza ou morte...
As pétalas nos dá, o tão sonhado ninho...
E neste ninho de sonhos posso sonhar
O amor há dois e não sozinho...
Mas que haja decepção, tristeza ou morte...
As pétalas nos dá, o tão sonhado ninho...
Então diremos ao amor:
Que seja forte como o vinho.
Nada de tristeza ou morte,
Vamos juntos no caminho...
Das rosas o que me agradam,
É tal beleza e perfume, dos espinhos,
Infelizmente o aprendizado fica na alma,
Tal agrura!
E no findar do caminho não
Hei de estar sozinho, pois estaremos juntos
Na eternidade onde voaremos juntinhos!
Ainda que o perfume do amanhecer
Não quero em vagos abraços quaisquer,
Ficar sem caule, sem algo no ser!
Serei eu, o jardineiro, vou colher no jardim
Deste poema, as palavras que compõe a nossa
Poesia, com tal zelo o jardineiro colhe as rosas,
Dos espinhos, me faz tristes lembranças
Ao recordar na alma as cicatrizes!