Silêncio
Silêncio
A lua chorou, passou o tempo.
Mar revolto esperanças em desalinho.
Sem rosas sem matizes.
Na solidão do espinho não encontro mais teu olhar.
O silêncio é pranto é desencanto.
O tempo se despede a cada dia, pelo dia pela noite.
O silêncio é muito mais que um grito.
É como o laço o abraço.
Cada qual no seu compasso.
Ecoa pela alma dilacerando as ribanceiras do meu ser.
Os olhos atônitos fitam um amanhã que não virá.
A lua chorou, passou o tempo.
Já não há caminhos espinhos.
Num lampejo de vida me esbarro em solidão.
O silêncio ecoa, faz desvairar o coração.
Diz exprime explica os passos pelo ar.
O silêncio é meu silencio.
É diapasão da alma que não se explica.
Alma gêmea levada pelo vento.
Em tempo pétalas e mar.
Olhos no infinito, lágrimas a sangrar.
Voz da alma os olhos do luar.
Meu silêncio é também meu jeito de amar.
Amantino Silva 23/01/2014