Quando o mar canta

O mar canta dentro do meu corpo com

as cordas vocais do universo –

a dar sentido

ao que estava disperso

.

O mar são os teus olhos, tuas mãos,

a tua pele, e arquitectura –

espelho e transparência

de fome e de ternura

.

O mar planta marcas de oiro

nos segredos do vento –

e eu sou a pradaria, a montanha, a

praia e a falésia, a cova funda,

raíz, e movimento

.

Quando o mar canta, canta contos

de encantar na minha cama –

duetos de antigo âmbar

sonetos de amor em chama

.

O Amor é uma iluminura

sobre papel de bambu

E uma só criatura –

Eu e tu

.

.

Janeiro, 2914

Myriam Jubilot de Carvalho
Enviado por Myriam Jubilot de Carvalho em 26/01/2014
Reeditado em 20/09/2018
Código do texto: T4665552
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