Subjuntivo

A dúvida segue acenando hipóteses de como,

seria nosso leito se desse fruto meu outono;

pior, a desgraçada consegue furtar o sono,

o calor excessivo do sul, oferece seu abono...

Seria mais, ou bem menos que agora pensas?

Daria eu o devido trato às suas partes tensas?

Seus anseios, dos meus, viveriam às expensas?

Seriam monótonas nossas noites ou intensas?

Em meus devaneios, confesso, pegamos fogo,

Improvisamos entre paredes as regras do jogo;

Somos inundação e estio, carência e desafogo,

Pródigos, solícitos, como discurso de demagogo...

Impera, porém, o indicativo de um desalinho,

Que dana o meu, e quiçá, também o seu ninho;

O subjuntivo não pode mudar isso tudo sozinho,

Mas, se sonhares como eu, ele dará um jeitinho...