Rompeu o Silêncio

O sol já deu seu show pelo crepúsculo,

A noite ainda não caiu, o luar não beijou mar,

Mas a canção entoa-se pelo botequim,

Pelos confins do enfim, dança a bailarina!

Pelo toar da brisa revoando

Suas vestes esvoaçam criando também um balé,

Um jogral quase infindo, imaculado,

Absurdamente erudito pelo silêncio das marés!

Quando finalmente anoiteceu,

O corpo dos tecidos desnudou-se

Tornando-se voz em preitos eleitos,

Pois toda melodia viés imensidão!

Por outras parodias rompe-se o silente,

Rouba-se um beijo, aquele em guarida

No âmago do santo sentimento de dor

E fulgor, entre os vales da sedução!

Oriunda do breu propaga-se a luz

Em velos, em apelos, em tênues serenatas,

Ecos do peito, do seio congregação amor,

Do sonho jurado, juramentado em coesão!

24/01/2014

Porto Alegre - RS