DILEMA
Às vezes, o amor vai morrendo,
De fome, cansaço ou descrença,
De tanto pensar, já nem pensa,
Nem sonha, de tanto sonhar.
Às vezes, sozinho, ele senta
Esquece, e se põe a lembrar;
Inventa justificativas
Motivos que o façam ficar.
E um dia, já não há mais nada,
Nem lágrimas para chorar,
Pois mesmo um amor verdadeiro
Desiste de só perdoar...
E fica somente uma dor
Por tudo que foi desperdício...
À beira da porta, ele hesita,
Sem saber se é amor ou vício.