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Voa, liberdade
Ainda que tardia
Chega perto de mim
Nem que seja de noite
Ou mesmo de dia
Preciso estar contigo
De manhã ou de tarde
E até na madrugada fria.
As chamas de amor revelam
O quanto te quero
Mas, a vida é assim desse jeito
Quero em encostar no teu peito
E sentir teu corpo nu
Esquentar em meu corpo
Flutuar no mais puro desejo
Entrelaçar os braços
Viver a intensidade dos abraços
E saciar-me com teus beijos.
A monotonia nos afasta
O clarão da fogueira nos alerta
O sono se foi, ficaste esperta,
O vaga-lume clareia nossos corpos
Que se encontram
E nos encantam
Soberbamente somos cúmplices
De momentos inesquecíveis
Controlar é impossível
Fragilidade, jamais
Energia é o que interessa
Vamos agir sem muita pressa
Que o horizonte nos desperta
Nossas almas se amparam
O jogo da vida é lindo
E o amor também
Entretanto, não devemos blasfemar
Temos de agradecer
Andar, nunca correr
Pois nascemos e crescemos
E um dia vamos morrer.
Sincronizo o momento
Feito pra resistir
Se te perder um dia
Vou lamentar
Ficar muito abatido
Não sei se vou suportar.
** Poesia publicada no livro “Poetando”, lançado em 25 de outubro de 2013 na cidade de Capanema-PA