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Voa, liberdade

Ainda que tardia

Chega perto de mim

Nem que seja de noite

Ou mesmo de dia

Preciso estar contigo

De manhã ou de tarde

E até na madrugada fria.

As chamas de amor revelam

O quanto te quero

Mas, a vida é assim desse jeito

Quero em encostar no teu peito

E sentir teu corpo nu

Esquentar em meu corpo

Flutuar no mais puro desejo

Entrelaçar os braços

Viver a intensidade dos abraços

E saciar-me com teus beijos.

A monotonia nos afasta

O clarão da fogueira nos alerta

O sono se foi, ficaste esperta,

O vaga-lume clareia nossos corpos

Que se encontram

E nos encantam

Soberbamente somos cúmplices

De momentos inesquecíveis

Controlar é impossível

Fragilidade, jamais

Energia é o que interessa

Vamos agir sem muita pressa

Que o horizonte nos desperta

Nossas almas se amparam

O jogo da vida é lindo

E o amor também

Entretanto, não devemos blasfemar

Temos de agradecer

Andar, nunca correr

Pois nascemos e crescemos

E um dia vamos morrer.

Sincronizo o momento

Feito pra resistir

Se te perder um dia

Vou lamentar

Ficar muito abatido

Não sei se vou suportar.

** Poesia publicada no livro “Poetando”, lançado em 25 de outubro de 2013 na cidade de Capanema-PA

Paulo Vasconcellos
Enviado por Paulo Vasconcellos em 23/01/2014
Código do texto: T4660981
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