Amadorismo
Vem, saudade inesquecível
Vem, contentamento esplêndido
Vem, melancolia inexistente
Vem nostalgia que fere a alegria
Vem, prantos e mágoas
Sentir o desejo da vida
No meu abraço festivo
E ficar no meu efetivo
De tanto amar é nativo
Vem, amor, meu amor!
Conhecer o gosto da vida
Ladear no meu rosto
Cheio de pecados por ti.
Eu quero é sentir
A tua dor e o teu prazer
Eu quero fazer um amor
O maior amor do mundo
Somente assim, eu sou teu
E tens uma distração sem nome
Gostoso e inestimável para amar
No bem-estar de só agradar.
E tu sentirás brotar uma flor
De toda a nossa amizade
No horizonte das montanhas
Por cada uma nova alvorada.
Rio de Janeiro, 1985