AMOR, AFETO, SENTIMENTO, DESAPEGO, DESDÉM. COMO DEFINIR?

De todos os percalços enfrentados

não sobrou nenhum que continuasse

ocupando meu precioso espaço, todos

tomaram rumo ignorado.

Estou gozando de uma liberdade restauradora,

não sou mais perturbado por acontecimentos

inesperados, como somos vez ou outra

incomodados a cair da tarde por insetos...

Eles rodopiam, pousam em lugares indistintos

e acabam exaurindo a nossa paciência levando-a

para lugares longínquos, e digam se não

são como os nossos pensamentos?

Algumas vezes por não entender, dou algumas

chances para as recordações só para ver se

compreendo a razão de um afeto sofrer

tanto como os efeitos constrange o coração

que nada tem para dar se não suspiros.

Talvez nem a deusa do amor possa explicar, afinal ela

foi motivo de tantos conflitos, a começar que foi gerada

pelos órgãos de Urano, teve inúmeros amantes e por ciúmes de

outros deuses estabeleceu-se uma guerra, por fim

casou-se com Hefesto por imposição de Zeus.

Dessa forma devo aquietar-me, pois o bom senso

recomenda que o assunto seja mais complicado como se pensa,

afinal a afeição caiu em uma total descrença por ser um

tema paradoxal, ora se consagra e ora se massacra,

ainda bem que a partir de agora desejo viver sem conflitos íntimos...

Wil
Enviado por Wil em 22/01/2014
Código do texto: T4659988
Classificação de conteúdo: seguro