Contagiado
Um sopro labial, do vento condutor,
Um aroma especial, um broto de uma flor.
Pulverizando a pele, se banhava de colônia,
Numa noites dessas, acompanhada pela insônia.
A Cortina do seu quarto é transparente,
E eu disfarço de coruja numa loucura indecente,
Inevitavelmente, penso em voar, tendo asas da imaginação,
Sua solução, apagaras a luz impunemente, me remetendo a solidão.
O vento de lá fora,
A arvore mexendo horas e horas,
O sereno da noite reside em toda cidade,
Sua vaidade, me trancafia numa cela onde me estatizo e sinto saudade.
Fizera em mim explodir carnavalesco alvoroço,
Quando da janela um café que degustava a seu gosto,
Contagiado eu fico,
Como um menino, na esperança da fruta mais doce que não há, mais que aquilo.