Agora somos!
Fazes de mim um alicerce,
um apoio de sentidos correspondidos,
verdades compactadas,
que em mim podes sentir.
E ainda tu diz
que dizer de ti
é uma questão necessária.
Confidencias em meus ouvidos
o que sentes por mim
e num piscar de olhos
ainda dizes que eu sou
o que você esperava,
no seu saber
do que agora
que descobriste a pouco
de fato sentir.
Delicia de momento é esse,
me enroscas em ti
me devoras de mansinho
fazes de mim tua morada
e tem porta aberta para voltar.
Não estamos mais sozinhos!
Nunca competimos
não há razão para tal ação.
É um complementa-se incessante.
Já não tem sentido
se você não estiver por perto.
Há reciprocidade,
mais do que aparenta ter.
É um desejar infindável.
Incomensurável.
Pego-me varrendo o vazio
e o trago para meus pensamentos.
teus lábios falam meu nome
e me chamam telepaticamente.
O que era eu antes de ti?
Era.
O que foi você antes de mim?
Foi.
Agora, somos!