Pelo Avesso...

Lentamente o sol se põe de timidez

Levando a vitrine do dia em seu ocaso,

A lua pálida e soberba de brilho raro

Alumia os segredos que a noite desfez.

No pisca-pisca das estrelas vivem aventuras

Da ventura e do sonho que salpicam desejos

Sobre a fronte míope de lábios carentes de beijos

Que, trôpegos, perdem-se no sigilo que usurpam.

Na visão que retrata quedas de astros cadentes

Há longas estradas que protegem o cio das gentes

Desbotado pelo prazer iníquo que se evapora incolor...

Nas sombras noturnas pavimentam-se de orvalho

A sedução que alicia os libidos assaz torturados

Pelos vultos de uma volúpia deserta de amor!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 18/01/2014
Código do texto: T4654859
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