Céu da rua.
Crispou o silêncio
no bairro dormido,
janelas cerradas,
canteiros em hibernação.
O frio da noite
faz sua parte,
junta corpos,
agrega desejos.
Longe, o trinar,
o guarda varre a rua,
vigia a própria sombra
sem as luzes do céu.
No quarto,
estrelas desertoras,
neblina de outono,
lua nova, novos sóis.