Minha Melodia

Corrente formada num só elo

Com seu corpo e o meu entrelaçados

Fazendo de nós anjos alados

Num balé desnudo e singelo.

No oblíquo escuro de teus medos

Encontrei prazeres fora da carne

Observando teu corpo a cada desarme

Ao avançar do tatear de meus dedos.

Pudesse eu te ter por toda vida

E teu encantos em todo amanhecer

Das idas e vindas iria esquecer

Reviveria minh’alma então desfalecida.

Meu olhar fitando ávido o horizonte

Já espera ansioso por te avistar

Meu corpo ao teu de novo se juntar

Donde me alimento divina fonte.