“Ó tirânico Amor, ó caso vário
Que obrigas um querer que sempre seja
De si contínuo e áspero adversário...”
Luiz Vaz de Camões
Que obrigas um querer que sempre seja
De si contínuo e áspero adversário...”
Luiz Vaz de Camões
ODE DE PARTIDA
A muitos eu havia dito
O amor é um déspota.
E a vida é crua, áspera, obscena.
O amor ama o caos.
Quando o sol brilha no horizonte
Logo se forma uma névoa densa.
Parece-me que o povo ama a crueldade
Vivemos numa sociedade do espetáculo
Da legalização da brutalidade.
Ele vai escorrendo em águas
Sulcando por onde passa
Rasgando as entranhas
Formando o seu leito.
Lutar contra-te é penoso
Aqueles que o fizeram foram
tratorizados em praça pública.
Na arena dos gladiadores desiguais.
Oh penoso amor:
Que mal fiz eu contra te?
Teu jugo és demais pesado para
A efêmera existência humana.
A muitos fez sangrar com seu punhal
De promessas fáceis de felicidade.
A muitos eu havia dito
O amor é um déspota.
E a vida é crua, áspera, obscena.
O amor ama o caos.
Quando o sol brilha no horizonte
Logo se forma uma névoa densa.
Parece-me que o povo ama a crueldade
Vivemos numa sociedade do espetáculo
Da legalização da brutalidade.
Ele vai escorrendo em águas
Sulcando por onde passa
Rasgando as entranhas
Formando o seu leito.
Lutar contra-te é penoso
Aqueles que o fizeram foram
tratorizados em praça pública.
Na arena dos gladiadores desiguais.
Oh penoso amor:
Que mal fiz eu contra te?
Teu jugo és demais pesado para
A efêmera existência humana.
A muitos fez sangrar com seu punhal
De promessas fáceis de felicidade.