O QUE FAZER?

Fazer o que se os meus olhos do coração

foram fechados e simplesmente acreditei?

Se os sonhos confusos que sonhei transformaram

minha forma de viver, consegui até transformar uma

música fúnebre em uma canção ritmada de amor!

Fazer o que se deliberadamente me transformei

em um fantoche exposto as críticas de todos,

um joão-ninguém que a beira do caminho

mendigava somente amor?

Fazer o que se em águas estranhas me banhei

em um mar de rosas que não era meu, se

senti o aroma de todas as rosas embora não fosse

minha a rosa uma flor que se cheirasse?

Fazer o que se procurei a morte por jactância

e por isso paguei um preço elevadíssimo? E

agora retroceder? Em quem acreditar se

não nos gritos aflitivos de minha razão...

Pretenso janota, orgulhoso desfilando de

braços dados com a ilusão ou atravessando

a imensidão da utopia que eu próprio criei,

e agora saber que em meu brioso e altivo barco

não havia nenhuma rosa que dei...

Wil
Enviado por Wil em 13/01/2014
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