Sonho.
Sonho.
E ela lhe vinha inexplicavelmente linda.
Sorrindo inteira como nunca lhe sorriu..
E em seus olhos, pôde ler sou tua ainda.
Talvez mentisse! Mas ela nunca mentiu!
Se lhe transporta então, a consciência pasma,
a insensatez da condição que é tão humana,
e a escultura, como o artista a obra plasma,
e co’o cinzel a burilá-la sente a graça,
de quem, dos deuses, se sentia desvalido.
Santificado por milagre que tardava,
e que ali estava revivendo uma esperança.
Pobre mortal, que já de si tão convencido,
não percebeu que o milagre se chegava
quando dormia e sonhava co’as lembranças.
Aécio.