Ancoradouro de Esplendores
Muitas notas pairam pelo ar,
Outros muitos versos semeiam-se
Por folhas vazias contidas em expressivos estros
Filhos do vento... Amigos do tempo...
E aquela sapiência do sonhar!
Anotados pelo desejo
Uma certa voz em timbres altos
Desponta dentre o anoitecer,
Instigando tecidos, reluzindo cristais
Desabrochando pela boa hora!
A beira mar
Um castelo de sentimento ergue-se
Doa lamentos ali, deixados
Como um ancoradouro de ilusões,
Bem plantados, bem abençoados,
Vem tudo do imo incontido!
É tudo sagrado pelos elementos,
Na verdade das verdades é o próprio
Chão de giz se doando em magia
A mão que escreve, ao lábio que beija,
Ao amor que ama!
12/01/2014
Porto Alegre - RS