Amor

A poesia esqueci num leito de cardos

Reaprendi-a nos teus olhos, na tua boca,

Nada a nada, tudo a tudo, tão pouca...

Tanta para mim... sem o Dom dos bardos!

Pouco importa! Deixa o coração falar,

Dizer que te quer, que te ama,

Dizer, num sussurro, que o Amor me chama,

Me faz ser mulher, me faz... Desejar!

Leva-me nos teus braços ao Céu,

Ao Inferno, ao fim da Eternidade,

Que só na Eternidade não cabe

Um Amor tão grande como o meu!

Leva-me nos teus braços ao fim do Fim,

Ao Absoluto, uno, indivisível

Onde me perca no...inverosímil?

Deixá-lo! Quero ser em ti o melhor de mim!

Leva-me nos teus braços onde fores capaz,

À Felicidade, ao desespero da Paixão

Que dilacera, fibra a fibra, o coração,

Para de novo o fundir e lhe dar a Paz!

Não quero mais nada, mas é tanto o que quero

Que, sem coragem, não sei se quero querendo

Ou se não quero, temendo

Desesperar do que tanto espero!

goretidias
Enviado por goretidias em 26/04/2007
Código do texto: T464671