Na gravidade não danço

Na gravidade não danço
Na solidão de sua ausência não canto

Queimo no magma de sua luta
e num instante de candura
Sou mar e sou barco a navegar
- Mar soturno em ondas de contentamento-
Choras e sobre mim a chuva desce forte
-Uma alma existindo em insondável divisão-
Um de nós, ao menos, deve ignorar o vento
Não temer os trovões
De um e a alegria de dois corações
Um de nós deve dançar
Um de nós, ao menos, deve cantar...

Na gravidade não danço
Na solidão de sua ausência não canto...

Quem de nós equilibra o pendulo do riso e do pranto?
Se sou alegre...Se sou triste
Se olho as estrelas e penso no rastro do cometa
se encontro conforto ou solidão...Não importa
Não sei, nunca sei, se é o meu ou o seu coração...

Na gravidade não danço
Na solidão de sua ausência não canto...

Mais rápido que um pensamento
A solução da alma em agrura
Arremesso-me em poesia para o solo da lua

Canto e danço
Não há corpo e nem medo
obrigações e desrespeito...
e o amor, grande feito, é um segredo
que revelado torna-se ainda mais guardado
uma chama eterna, discreta e que não feneceu
e se temos de nos encontrar é onde posso dançar
A lua, você e eu!


 
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 12/01/2014
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