MISTÉRIOS

Em teu corpo, mistérios me trazem fascínio

e eu te persigo com os olhos sedentos,

peco na mente, aceito o castigo.

Nada supera o sagrado momento

em que passas por mim.

Qual é a textura de tua pele?

Qual a tessitura de tua voz?

Na escuridão do quarto, sonho

com a tua presença mítica:

como Ártemis, invades a floresta

de meus pensamentos.

A tua vida não interpenetra a minha

e fico a pensar em teu nome:

qual é a canção

que ele poderia me inspirar?

Qual é o teu nome, afinal?

A rotina me fez te encontrar.

A mesma rotina agora quer esmagar

a minha parca esperança

de um dia ser feliz.

Aldir Bilac
Enviado por Aldir Bilac em 26/04/2007
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