As paredes do meu quarto
Outro dia,
Num ato de desespero
De tanto a soluçar
Na mão o copo de bebida
E para as paredes do meu quarto
Resolvi me confessar
Amei você um dia
Mas não tive coragem
De te falar
O tempo passou
Você se casou
Mais em mim esse amor
Feito espinho encravado
Na carne se gravou
Também amei
Outra pessoa
Também me casei
Tive ate uma vida boa
Mas de você meu coração
Nunca se esqueceu
E sinto esse amargor de amor
No meu peito a formigar
Chora,
Coração
Por esse amor calado
Noites frias de solidão
Musica fúnebre ao canto
No lamentar desse fado
Confesso as paredes do meu quarto
Esse doce amargo pranto
David Costa 11/01/14