Concepção Utilitária
Não quero que você me diga
O que eu devo fazer.
Só quero a sua intriga,
Não quero lhe obedecer.
Quando a encontro deitada
Na altura do meu prazer,
É quando me acho na estrada
Da vida que nunca vou ter.
Você me esperando, ofegante,
Como se houvesse em mim
Algo de glorificante
Que nunca foi tanto assim.
E dou a você tudo agora
Porque você quer de verdade.
Mas finjo que quero ir embora,
E então você diz: já vai tarde!
Rio, 21/12/2005