Lágrimas Néctar do Sentir
Ah!... Lá vem a brisa
Como dona da noite, do jardim,
Do balé das folhas, dos tecidos
Vestindo sacadas d’onde o olhar
Debruça-se ao som da serenata,
Outrora!... Venha madrugada!
Em ais, pulsa o âmago,
A flor germinou, enfim, desabrochou
Lançando aos confins fragrâncias
E perfumes de toda estação,
Sua voz navega em alto mar como nau!
Não importa o tempo a carta
É da temperança, d’um afagar estranho,
Inundando de paz corpo e alma já desnudos
E unos ao desejo de viajar pelo amar
Sangrando pelos poros, oh, mel de sois!
Por todos os sinos renascimento,
O orvalho sendo oferecido, néctar pranto,
Entre os seios, perto do coração de amar!
10/01/2014
Porto Alegre - RS