SOL DA POESIA  (DOIS)






O coração murmura poesia.
Verve a rima rítmica
no ciclo da vida - no radar do cotidiano.
A poesia tem sol - tem ética.

Do sopro do vento luminoso,
veio a transfiguração
do dorso da lua
e agora é simplesmente poética.

No semblante fêmeo e romanesco,
escorre a felicidade atroz.

Molhada e em tom frásico
a boca fala de amor...
brinda a beleza da luz carmim,
evoca o voo do Albatroz.


É tempo de aglomerar todas
as faíscas poéticas.
Porque o tempo é uma imagem
em trajetória permanente,
é um templo que transfigura
as luzes da alquimia divina.


De tanto ser luminosa a razão,
a lucidez do poeta,
gerou as folhas da sabedoria.


>.<


Toda poesia é um sol,
que adentra a alcova – coração,
sem sangrar, sem aparar as orelhas do cotidiano.
Apenas querer ser vida,
querer ser a face labiríntica da emoção.

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Poesia! Poesia!...
principalmente a de amor:
é flor sobre nossa janela -
fogo – água – terra – ar
que purpuramente
incendeia o oceânico coração.

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Fazes-me poesia,
deixas-me - florescer
nos sonorizados quintais.

 






Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Sol da poesia (dois)

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 10/01/2014
Reeditado em 10/01/2014
Código do texto: T4644235
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