O Livro do Éden
Bradou em versos
Toda uma herança de um sentir
Em guarida de coração, em plenitude,
Apreços legítimos, um gostar consagrado,
Mencionado em cada toque...
O livro do Éden!
Em todas as palavras
Desliza na face singela o pranto,
Aquele sabor de mar de cantar,
Encantar romper o silêncio
Sem falar, apenas ouvir...
Flutuar, fluir em êxtase!
Entre os pontos cardinais
O corpo levemente desnudo, agudo
Feito o lá à uma oitava acima
Do que já era paixão em todos os tons,
Dons d’um poema em pecado natural,
Não há perdão, na verdade, há amor!
Afins, enfim o beijo em confraria,
O amar bebido em goles nostálgicos
Da pele uva, linear a sintonia, o glamour
Em simplicidade, felicidade sem ilusão...
Pelo teor do universo, um ato de poesia!
09/01/2014
Porto Alegre - RS