JÁ ERA TEMPO...

Era junho e a tarde ia-se

E via-se o sol beijar o mar

Cortavam aos céus, as gaivotas

Desnudava-te inteira o meu olhar

Seria uma tarde como tantas outras

O sol já ia, ao seu mergulho lhano

E eu, olhava-te como quem esculpia

A eterna obra-prima de tantos anos

Chegava até mim, tão provocante

O som contagiante da tua voz

Outras pessoas, até tentavam

Mas, aquele instante, pertencia a nós

Era tarde e a tarde ia-se tão fugaz

Cobrir-se em seu véu... Misteriosa!

Dali a pouco, veríamos as estrelas

E estas, menores que ti. Ó majestosa!

Já era tempo... Agridoce veio junho

E eu, via-me em gestos tão apartados

Mas, ao nono dia, lá estávamos nós

Entre sussurros intensos e beijos cálidos.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 09/01/2014
Reeditado em 09/01/2014
Código do texto: T4642438
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