Mar

Mar, para que te agitas tanto,

acaso amas de modo incontrolável

a branca areia aos teus pés, em encanto?

Queres rende-lhes beijos que chiam

ao tocar seu corpo ainda imaculável,

e com branca manta envolver seu corpo molhado?

Que amor é esse que te deixa assim

chegando de modo impetuoso

trazendo mimos de conchas, estrelas e algas carmim?

Até o coqueiral se debruça para ver amor tão grande

e assanha-se farfalhando suas palhas de modo alegre e curioso.

Volta a tua calmaria, oh mar!

traz o espelho da tuas águas calmas

deixa que esse amor aquiete

e venha a se acostumar

com a beleza branca do desejo de tua alma.

Visita então em paz tua areia dengosa

que se deita aos teus pés

se enfeitando com seus mimos,

envolvendo-se em brumas brancas

só para te atiçar, levantar ondas altas,

e se derramar aos seus pés.

Acostume-se a provocação de tua amada

poderoso mar,ofereça seu espelho

convida tua formosa, para nele se arrumar.

e contigo vir deitar!

fatima rosas
Enviado por fatima rosas em 08/01/2014
Reeditado em 14/09/2017
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