Mar
Mar, para que te agitas tanto,
acaso amas de modo incontrolável
a branca areia aos teus pés, em encanto?
Queres rende-lhes beijos que chiam
ao tocar seu corpo ainda imaculável,
e com branca manta envolver seu corpo molhado?
Que amor é esse que te deixa assim
chegando de modo impetuoso
trazendo mimos de conchas, estrelas e algas carmim?
Até o coqueiral se debruça para ver amor tão grande
e assanha-se farfalhando suas palhas de modo alegre e curioso.
Volta a tua calmaria, oh mar!
traz o espelho da tuas águas calmas
deixa que esse amor aquiete
e venha a se acostumar
com a beleza branca do desejo de tua alma.
Visita então em paz tua areia dengosa
que se deita aos teus pés
se enfeitando com seus mimos,
envolvendo-se em brumas brancas
só para te atiçar, levantar ondas altas,
e se derramar aos seus pés.
Acostume-se a provocação de tua amada
poderoso mar,ofereça seu espelho
convida tua formosa, para nele se arrumar.
e contigo vir deitar!