OLHARES
OLHARES
Já te olhei de mil formas
Apreciei tuas formas
Desejei-te sem normas
De forma forte e morna
E o olhar foi mudando
Ficando maduro e seletivo
Sem deixar de ser ativo
Apenas sem tanta sede ao pote
Mas apreciando com vagar o dote
Sentindo cada cantinho
Cada momento de teu ser
Destilando carinho
Até não mais poder
E o olhar continuou olhando
Muito mais olhando que tocando
Mas a cada toque
Sem não me toques
Um prazer sem medida
Uma flecha sentida
Trespassando o coração
Sinal de que o olhar
Continua sendo de desmedida paixão