OLHARES

OLHARES

Já te olhei de mil formas

Apreciei tuas formas

Desejei-te sem normas

De forma forte e morna

E o olhar foi mudando

Ficando maduro e seletivo

Sem deixar de ser ativo

Apenas sem tanta sede ao pote

Mas apreciando com vagar o dote

Sentindo cada cantinho

Cada momento de teu ser

Destilando carinho

Até não mais poder

E o olhar continuou olhando

Muito mais olhando que tocando

Mas a cada toque

Sem não me toques

Um prazer sem medida

Uma flecha sentida

Trespassando o coração

Sinal de que o olhar

Continua sendo de desmedida paixão

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 08/01/2014
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