Riacho que acalma!
Sombreado à beira de um riacho
Sento-me na pedra crua do caminho e sinto o vento seco que sopra
E seca o suor que escorre em minha face.
Oho em todas as direções
E só consigo ver o reflexo de meu rosto
Na água límpida do mesmo riacho,
Que sem se importar com a minha presença,
Segue seu rumo...
Ouço cantos de pássaros, como uma grande orquestra,
Uma sinfonia única
Capaz de emudar os mais sábios mestres da musica.
Desacanso meu coro cansado na relva solitária.
Recupero minhas energias para seguir em frente.
O tempo é curto.
Estreito, tal qual o caminho que tenho percorrido.
Meus pés inchados, ora mergulhados na água fria do riacho,
Se aliviam para poder dar continuidade
A busca incansável de dias melhores.
Os ponteiros do velho relógio
Parecem estar contra mim
E disparam na velocidade do tempo requerido.
estaria ele me impulsionando para dias melhores?
Respiro o ar fresco da manhã...
Ouço mais uma vez sinfonia dos pássaros.
Levanto-me e sigo em frente
Na busca incansável de nosso ninho de amor.