"Em suas mãos
ela desabrochava
pétalas rubras de desejos
Em suas nuances
ele esvaia-se
em sangue e glória...”
ela desabrochava
pétalas rubras de desejos
Em suas nuances
ele esvaia-se
em sangue e glória...”
Quando a noite é torvelinho,
um verso em corpo febril
aconchega-se inclemente
às margens de meu peito
... e arde a minha terra !
Chegou-me inexorável
e voraz de paixão,
como quem respira vida
em cada curva, em cada poro
... em cada gemido
Sussurrou-me delírios,
cobriu meu chão
com cálidos orvalhos...
Amou-me lentamente
com a fúria de uma última vez
Com os olhos tão doces
que me fizeram implorar !
Com tamanha magia e força,
não de quem tatua o corpo,
mas a alma por dentro...
Perpetuou-me cada instante,
num misto pungente
de avidez e agonia !
Fez-se plátano
a jorrar em meu ventre
toda urgência de sua dor e poesia...
Denise Matos