DIVÃ

E se minh'alma tocar a tu'alma
Em face desse amor fremente
Quero tua face tocar no silêncio
No enlevo do primeiro beijo.
E entre as frestas do teu olhar
Estrela encandecida...!
Teus sonhos em profusão
E em meus silêncios...
Teu divã,
Enfim, segredar-te-ei
Os recônditos de minh'alma.
E se minh'alma desnudar a tu'alma
Enternecido me dirás a contento desse amor
Onde a chama do meu olhar
Eloquentemente traduzirá o teu sentir
E assim sublimemente essa canção
Não mais dirás em solidão
Mas cantarás calidamente meus avessos
No enlace desse amor
Almas frementes...!
Em paragens distantes...
Arraigados em desejos,
Como flâmulas de meu silêncio
Calidamente rimadas no amor.