Sob uma Lua Platônica

Há sempre um poema a ser escrito

Ao calar d’alma que anoitece com a noite,

Caindo platônica, etérea, uníssono,

Verbetes bailarinas d’um pecado de amar!

Da sacada do luar

Canções ecoam como desejos

Maculados pelo âmago embriagado,

Solto aos verbos oriundos do peito

Onde pousa a pétala em flor!

Pela face o pranto

Em imagem, em semelhança, em atos

Fazendo-se nostalgia à meia luz,

À flor da pele quando a lua conduz, seduz

Num balada que invadi a madrugada

Despertando inteira e singular!

Una, desnuda... Sob a lamparina crua!

Em preitos imperfeitos, inconfessos

O amor acontece, floresce como o doce da fruta

Confessando-se pelos lábios vermelhos

Ausentes do silêncio, pois o céu conspira

Em luzes, em inspirações do vagar!

06/01/2014

Porto Alegre - RS