Tortura A ti com imenso amor

Por que me olhas, se já não me queres?

Por que me falas, se me abandonastes?

– Tu me provocas e me desesperas.

Deixa-me em paz!... Vai com tua maldade.

Não me tortures com teu sorriso lindo,

não me enlouqueças com esse olhar traidor...

Já me deixastes, vai-te para longe

porque se ficas, morrerei de amor.

Não, não vai... não quero tua ausência...

Não me abandones nesta angústia infinda,

nesta amargura, nesta solidão.

Olha-me, fala-me, quero tua presença,

tortura-me, enlouquece-me muito mais ainda,

deixa que morra de amor meu coração.

Dediquei este soneto ao livro de poesias de uma amiga, com a seguinte quadra:

– Minha amiga, não pense neste verso.

Ele é tragédia que se apruma em mim,

ele é amor que nasceu em meu peito,

ele é TORTURA que nunca terá fim.

Horas amargas de tristeza e sem carinho

eu vivo, assim, sozinha sem ninguém,

é justamente nessas horas tão sombrias, que

lembro desesperadamente de alguém.

Yara Gonçalves Maia
Enviado por Meu tema em 03/01/2014
Código do texto: T4635377
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