Anoitecer de uma Poesia
Como uma roca aviando a lã
São estes versos chegando
Ao despertar desta noite em prata,
D’onde tudo é palavra de amor
E o amor e a palavra de tudo!
Sem convenções ou preceitos
A dita lamparina junto à árvore
De secas folhas, atrai o olhar,
O falar em reversos, em anversos
Ora tímidos,
Ora instigantes
O tempo todo amante da poesia
Letrada, desenhada, insinuada,
Pela alma irmã, pelo âmago irmão!
Sob o corpo desnudo
O branco da seda longa e flutuante
Doam-se em guarida, em madrugada,
Em xale dourado dançando
Ao som da brisa saudosa, inebriante,
Em pétalas...
O beijo em nostalgia!
02/01/2014
Porto Alegre - RS