Gotas de Chuva
Gotas de Chuva
Sentada tão em desalento
Não esconde triste tormento
A dor que outrora não sente
Inebriando os olhos, não fortes
Mais que o olhar mirante
Talvez enxergando o nada
Persistentemente embalado
Por gotas tão insistentes
Fazendo o “toque”, “toque” soar
Tão ardentemente
Capaz de fazer uma alma
Dormente, silente
Chorar como as gotas da chuva
Numa excitação invertida
De amor, rastos e vestígios
Ora vividos
Numa imagem revestida
Por lágrimas que por si revelam
Quão feitiço nessas gotas escondido
E eu, ainda desalento, desabo-me a sentir tão-somente
O que outrora foi meu em mente