As Lágrimas de Rosângela
*Elias Alves Aranha
Era um final de semana,
Quando alguém se despedia,
Entre as lágrimas e o sorriso,
Deixava a última lembrança e partia.
A minha atenção aquele gesto atraia,
Em um momento tão expressivo.
A meu lado alguém sorria,
Comovida de emoção,
Enquanto as lágrimas corriam,
Chuverando pelo chão,
Rascunhei essa poesia,
Obedecendo à inspiração.
No ônibus o barulho do motor,
Com os soluços misturava,
Era a força do amor,
De quem em silêncio chorava,
Na plataforma, familiares sentiam a dor,
Na despedida de alguém que tanto amava.
Aquele Terminal Rodoviário,
Que o poeta muito bem observava,
Transformou-se improvisado cenário,
Ao acenar a quem partia,
Rosângela sorria e chorava,
Gesto, que também me comovia!