Devaneio
*Elias Alves Aranha
Senti seu cheiro no ar,
No ar da aparência,
Como uma cândida criança,
Que procura aconchego,
No seio materno,
Sonhei, infatigavelmente.
Beijei-te doce e calidamente,
Num abraço querido, desejado,
Despi-la, desnudando-a,
No palco proscênio,
Do meu apartamento.
Quanto carinho, ao tocar,
Em sua delicada lingerie,
Feito tolo, feito bobo, sorri,
Ânsia louca, Beijei na sua boca,
Sussurrando nos meus ouvidos,
Acordei de repente, carente.