Estava apenas pensando... nada além me ofuscava
Estava apenas pensando... nada além me ofuscava
Concentrado, os pensamentos não se continham
E o vago momento aberto á felicidade escapara
E correra numa direção confusa, distante da alegria.
Via meu amor, alegre... até uma caipirinha rolava
Não sei bem de onde saía tanta energia...
Sua gana por amor era tanta... seu corpo tremia.
Parecia, uma soma de sorte lhe tomara a cabeça
E o amor todo espalhado, distraía, desconversava
Atrapalhado, desatento, rude e retraído o vento despejava...
Seu desejo parece não querer lembrança do seu amado
E o sangue sobe á cabeça e as veias aquecidas
Fervem de vontade de voar, de corar nuns braços... esquecida.
Para muitos o sonho é como alma lavada
Reconhecer um monte sem nunca ter escalado
É puro dos abertos á pureza dos encantos á volta.
Um amor vivido e com tatuagem no coração
Jamais desperta sem vontade de saber o seu estado...
O beijo, mesmo aquele, sem a expressão do cheiro inteiro
É lembrado como se fosse o último dos suspiros de uma vida.
Estava apenas pensando... nada além me ofuscava
Se eu acreditasse na chegada do amor inesperado
Onde os pensamentos se tornam alienados
E se dispõem como corrente a uma só direção
Tolerantes com o absurdo e, se vendem, por uma simples saudade
Não me meteria com a doce prova do seu beijo...
Ter um amor como remédio continuo
Não depende somente da necessidade aberta
É imprescindível, a amada, se prestar disposta
Ao encontro com o pleno da vontade conquistada.
O amor a um passo do desejo cobiçado
Não deve ser parceiro de uma fonte sem luz.