Alma de um derrotado
Eu, ébrio de amor e de paz ungido,
Zelador da vida e da redenção,
Trago, desde a primeira emoção,
O nobre ardor no espectro contido.
Latino, amante do amor concebido,
Peito abarrotado de ilusão,
Vem-me o amor feito oração
Que se reza no santuário esquecido.
Já o desamor – este acerbo da alma –
Que carcome a paciência humana
Provoca guerras e destrói vidas.
Anda a rodear minha alma para destruí-la,
Tentando deixar-me derrotado,
Feito um monstro estático caído no chão.