Alma de um derrotado

Eu, ébrio de amor e de paz ungido,

Zelador da vida e da redenção,

Trago, desde a primeira emoção,

O nobre ardor no espectro contido.

Latino, amante do amor concebido,

Peito abarrotado de ilusão,

Vem-me o amor feito oração

Que se reza no santuário esquecido.

Já o desamor – este acerbo da alma –

Que carcome a paciência humana

Provoca guerras e destrói vidas.

Anda a rodear minha alma para destruí-la,

Tentando deixar-me derrotado,

Feito um monstro estático caído no chão.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/12/2013
Reeditado em 30/12/2013
Código do texto: T4629067
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