Amor

Não há quem sequer tangencie
A concretude do anseio
De restringir
O domínio do amor.
Expõe-se afinal, frustrante
Sentimento: força intrínseca
De um desejo
Dispõe, arrebata, ocupa...
Reflete, o homem; resiste ...  malgrado.
Resta o pranto não pautado
A derramar em mil quedas
Ainda que buquê de noiva
Em fluidos alvos se forme.
Ilude só por momento,
Sem quimeras, o real.
Tudo põe em um devido
Lugar e discernimento
A que leva o racional
Soterra a fantasia chã
E a cada um dos amantes
Dado é lembrar de instantes
De prazer, ora reféns da imagem
Posto não o é de toda manhã
A corpórea, lúbrica mensagem-
JAZZ reminiscente do ontem-
Não fala ao hoje e, por inexistente,  
Emudece a todo amanhã.


 
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 27/12/2013
Reeditado em 17/03/2015
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