Quando as abelhas conheceram o mel
Tanta solidão, dentro em mim, o meu pobre coração, o pranto faz escorrer.
Tanta solidão, dentro em mim, está doendo, bem aqui, dos carinhos, que tracei caminhos, por ti.
Grito! e como ninguém consegue ouvir esse meu pesado sofrer a clamar.
Grito! e de surdo o mundo não ouvi-me os meus morreres diários por minha alma , perecer.
Grito! e de surdo o mundo não ouvi-me por se fazer de mudo eu por ti amar, num perder-se, insondável.
Sonhos, de esmeraldas dos verdes sem nenhuma esperança, de jovem triste, por você, meu bem, não amar-me.
Onde está meu coração ? O nosso amor? Tantas fantasias de um ser tão desprezado, sou pobre garoto! Ó minha amada.
Venha logo, que não mais tenho, os teus carinhos, de moça que sendo, eu, ainda menino, não alcancei os anos, do nosso eterno, dourado.
Tanta solidão, doe em mim, que passo sempre pela mesma praça, para o primeiro encontro, nunca o tempo apagar.
Amo-te.
Eu te amo, e, não sei dizer-te mais nada, ó ninfa rogada.
Onde estão os sorrisos? Que na gaita um chorinho de ti, alegrava as fanfarras, nas tardes ?
Amo-te, minha dama, de brancura, eu, ti percebo, a doçura, no teu primeiro beijo, nos lábios virgens meus.
Tanta solidão, doendo não tem jeito, porque frases do meu peito, se tornará impossível, o teu aroma nos pulmões meus, ar me faltar.
Doce Branca, quero contigo, casar, sou pobre e morei em casa de taipa, mas, juro-te tuas mãos o barro de vergonha, de ser-me um plebeu , meu amor, nesse pó não tocarás.
Quanta solidão, e, eu infeliz de amores não em mim, mas por ti ficar a escrever, pensamentos de saber, que para nós esse sentimento, é tão cruel, e violento, na obsessão do interior da alma em si, esvaziar.
Minha rainha, o que eu quero dizer, “tua alma emana, a sedução da fragrância da flor virgem, que, pela chuva, foi banhada com amores, regada, e, pela terra da eterna aurora abençoada, dando a formosura da essência da paixão, de celeste pureza, que reluz o céu da mocidade, da enamorada em que eu te vejo”.
Beije-me, mas, não toque nos meus lábios, faça amor comigo, mas, nunca suas vestes tires , em corpo nu eu não te veja , porque, no dia que nosso primeiro filho nascer, sua vida será de poeta a amar, e, o mel da sua boca, as abelhas vão furtar, para também, o favo doce provar, com açucares de um mascavo deleite, da solidão de Branca no meu intimo, eu por ti, eu tanto amar nesse sonhar.