Tratado sobre o amor

Se de noite sempre me visto com os trajes da solidão,

tão complicado não seria, compreender ou ter noção...

Não se tem um manual que explique o amor,

nem regras a serem seguidas,

apenas emoções à serem vividas...

Os que tentaram decifrar o amor propriamente dito,

hoje andam à vagar, sem rumo, perdidos...

Perguntas nunca cessam e se renovam a cada instante,

o amor é abstrato, prático, indefinido, instigante...

Por vezes, nunca está sozinho, ao seu lado tem duas parceiras,

a saudade e a solidão, quando não matam sempre ferem o coração...

A pressa é sua inimiga quando amiga se chama amizade,

uma sempre morre para dar lugar a outra,

senão, evolui a amizade para ser amor amadurecido,

transcendendo a emoção...

Há diversas formas de matar o amor e que não me cabe propagá-las,

se fizesse isso seria desumano, desacreditaria do que mais acredito,

do amor que a cada dia me banho...

Ele pode estar em qualquer lugar, até mesmo na guerra,

no coração de um anjo ou no coração de quem não espera...

O amor é ensinado e aprendido se amado ou se sofrido,

entre a vida e o perigo de uma aproximação ou de um abrigo...

Há quem ame muito e quem ame pouco,

há quem ame pouco querendo amar muito

que se intitule de louco por não compreender

que não se explica o amor...

Há quem ame um só, ou dois, ou três...

Há quem goste de amar um por vez,

mas, há quem ame tão intensamente

que prefere amar o outro

a se esquecer completamente...

Prefiro apenas amar, mesmo que seja de forma dolorosa,

poder me expressar, mesmo quando não possa,

defender o amor imensuravelmente é o que me importa...

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 22/12/2013
Reeditado em 14/03/2017
Código do texto: T4621788
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