Tratado sobre o amor
Se de noite sempre me visto com os trajes da solidão,
tão complicado não seria, compreender ou ter noção...
Não se tem um manual que explique o amor,
nem regras a serem seguidas,
apenas emoções à serem vividas...
Os que tentaram decifrar o amor propriamente dito,
hoje andam à vagar, sem rumo, perdidos...
Perguntas nunca cessam e se renovam a cada instante,
o amor é abstrato, prático, indefinido, instigante...
Por vezes, nunca está sozinho, ao seu lado tem duas parceiras,
a saudade e a solidão, quando não matam sempre ferem o coração...
A pressa é sua inimiga quando amiga se chama amizade,
uma sempre morre para dar lugar a outra,
senão, evolui a amizade para ser amor amadurecido,
transcendendo a emoção...
Há diversas formas de matar o amor e que não me cabe propagá-las,
se fizesse isso seria desumano, desacreditaria do que mais acredito,
do amor que a cada dia me banho...
Ele pode estar em qualquer lugar, até mesmo na guerra,
no coração de um anjo ou no coração de quem não espera...
O amor é ensinado e aprendido se amado ou se sofrido,
entre a vida e o perigo de uma aproximação ou de um abrigo...
Há quem ame muito e quem ame pouco,
há quem ame pouco querendo amar muito
que se intitule de louco por não compreender
que não se explica o amor...
Há quem ame um só, ou dois, ou três...
Há quem goste de amar um por vez,
mas, há quem ame tão intensamente
que prefere amar o outro
a se esquecer completamente...
Prefiro apenas amar, mesmo que seja de forma dolorosa,
poder me expressar, mesmo quando não possa,
defender o amor imensuravelmente é o que me importa...