O Silente em Palavras
Dentro da plenitude do silêncio,
Todas as cordas soam
N’um mesmo filamento de luz,
De palavras que se encontram
Em um mesmo verso,
Em um próprio desejo!
Neste ensejo abre-se ao sentir
Toda e qualquer janela d’alma.
Do verbo que se conjuga no imo,
No beijo que foi semeado na face
E germinado nos lábios, florescer...
Entre os seios!
Guardiões do âmago, do ventre,
Do colo gentil, d’onde o pranto se debruça
Pedindo e dando guarida ao amor,
Deixando no paladar aquele gosto de mar,
De amar sem preceitos, apenas alquimia!
Quimeras para todos os versos
Que não se calam diante do sentimento
Oriundo do peito pulsante, do enlevo madrigal,
Do toque sutil nas cordas da harpa,
Curando a solidão, sonhando ao pôr do luar!
22/12/2013
Porto Alegre - RS