De repente não mais que de repente

De repente

A gente sente

O que o outro

Sente

De repente

A gente descobre

O que no outro doe

De repente

A gente sente

Quando o outro mente

De repente

A gente descobre

Se o outro nos ama

De repente

A gente só ouve

Quando o outro nos chama

De repente

A gente só se cala

Quando o outro fala

De repente

A gente é um único ser

Uma única alma

Com um jeito único de viver

De repente

Vou dizer

Que não consigo te esquecer

Porque você está em mim

Mesmo que eu não esteja em você.

20/12/2002

(poesia escrita depois do vestibular, sentado na porta do bar, na folha de perguntas)

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 30/08/2005
Código do texto: T46213
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