Sobrevivendo

Devo esquecer tua presença,

Ignorar tuas palavras,

Fazer de conta que nada aconteceu,

Se nosso amor despedaçou,

Deixo os cacos no caminho,

Faço e desfaço do que sobrou.

Não vivo do desejo,

Nem tão pouco deste amor,

Apenas e puramente o sinto,

Fazendo e desfazendo meus sonhos,

Por isso ainda persisto,

E saio colando os pedaços.

Pois quando um sonho morre,

Um outro mais forte nasce,

Mesmo que entre os pedaços.

Ah! Por sorte a morte não me viu deste jeito,

Olhando com tantas dúvidas pro meu amanhã,

Sigo então ignorando o tempo,

Dissipando os ventos,

E gritando teu nome,

Em minha solidão.

25/08/2005 - Serei@SP

Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 30/08/2005
Reeditado em 30/08/2005
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