Sobrevivendo
Devo esquecer tua presença,
Ignorar tuas palavras,
Fazer de conta que nada aconteceu,
Se nosso amor despedaçou,
Deixo os cacos no caminho,
Faço e desfaço do que sobrou.
Não vivo do desejo,
Nem tão pouco deste amor,
Apenas e puramente o sinto,
Fazendo e desfazendo meus sonhos,
Por isso ainda persisto,
E saio colando os pedaços.
Pois quando um sonho morre,
Um outro mais forte nasce,
Mesmo que entre os pedaços.
Ah! Por sorte a morte não me viu deste jeito,
Olhando com tantas dúvidas pro meu amanhã,
Sigo então ignorando o tempo,
Dissipando os ventos,
E gritando teu nome,
Em minha solidão.
25/08/2005 - Serei@SP